Beamer: o futebol da Carolina do Sul "não tem teto"

ATLANTA -- Shane Beamer respondeu à pergunta com tanta precisão que a marcou em sua folha de pontos de discussão na segunda-feira, nos dias de imprensa da SEC.

Pela enésima vez, ele está convencido de que não há limite para o futebol da Carolina do Sul .

"Eu literalmente anotei aqui, mas risquei porque digo isso todo ano, que não há teto", disse Beamer enquanto folheava suas anotações. "Mas, não, eu acredito nisso e digo isso o tempo todo. Eu entendo. Não temos campeonatos nacionais de dois dígitos como alguns desses lugares têm, e talvez não sejam considerados como tendo a tradição de outros lugares."

"Mas quando olho ao redor, para o nosso lugar, eu digo: 'OK, o que não temos que precisamos para vencer no mais alto nível?'"

Na opinião dele, não há nada, e ele disse que os recursos e instalações na Carolina do Sul são ainda melhores do que quando ele estava lá como assistente de Steve Spurrier, de 2007 a 2010.

Entrando em sua quinta temporada com a Carolina do Sul, Beamer liderou os Gamecocks a seis vitórias consecutivas para encerrar a temporada regular do ano passado, incluindo uma emocionante virada por 17 a 14 sobre o 12º colocado Clemson — a segunda vitória da Carolina do Sul sobre seu arquirrival nos últimos três anos. O resultado de 9 a 4 dos Gamecocks poderia ter sido melhor se não fossem as derrotas para Alabama e LSU por um total de cinco pontos.

Para efeito de comparação, Beamer e Spurrier são os únicos dois treinadores da Carolina do Sul, nos últimos 40 anos, a vencer pelo menos nove jogos na temporada regular.

"Se você olhar para o que a Carolina do Sul fez ao longo dos anos, é muito mediano em muitos aspectos, mas não estou tão preocupado com o que aconteceu no passado", disse Beamer. "Estou pensando no que podemos fazer no futuro e nos recursos que temos agora. Toda vez que vou àquele estádio, vejo o nome de Steve Spurrier como técnico com mais vitórias na história... e penso no fato de que ele teve três temporadas consecutivas com 11 vitórias. Isso não foi há muito tempo, e depois caiu um pouco. Mas também não estamos tão longe assim. Fechamos o terreno, sem dúvida, desde que fui contratado em 2021."

O calouro reserva LaNorris Sellers retorna como um dos quarterbacks mais talentosos do país. Ele recusou um acordo de US$ 8 milhões na offseason para permanecer na Carolina do Sul. Tendo crescido no estado, ele também ouviu falar que os Gamecocks nunca teriam a chance realista de disputar o título.

Sua resposta foi curta e amável.

"Quer dizer, estávamos a cinco jogadas de chegar aos playoffs no ano passado", disse Sellers. "Não dá para prever, considerando como terminamos a temporada no ano passado, como teria terminado para nós nos playoffs. Então, se conseguíssemos recuperar essas cinco jogadas e fazer tudo de novo, garanto que provavelmente poderíamos [ganhar um título], e acho que podemos fazer uma boa campanha com este time. Temos os jogadores, as pessoas da comunidade, a comissão técnica, a comissão técnica, tudo para conseguir isso."

Beamer reconheceu que fica com o sangue fervendo sempre que ouve alguém dizer que a Carolina do Sul jamais ganhará um campeonato. Os Gamecocks chegaram ao jogo do campeonato da SEC apenas uma vez (2010) desde que entraram para a liga em 1992, e isso foi sob o comando de Spurrier.

"Mas chegamos perto dos playoffs há um ano e com um time jovem", disse Beamer. "Isso não é fogo de palha. Quer dizer, fomos feitos para nos sustentar no futuro."

E nesta nova era de compartilhamento de receitas e NIL externo disponível aos jogadores, Beamer acredita que escolas como a Carolina do Sul podem se beneficiar — mas com uma ressalva.

"Se todos tiverem participação na receita e o número for o mesmo para todos no país, e qualquer coisa além disso for realmente NADA, então sim, acredito que pode ajudar", disse Beamer. "Se ainda for o velho oeste, onde qualquer um pode fazer o que quiser e nada é imposto, então provavelmente não."

Nick Barrett , um veterano do quinto ano da equipe de defesa, disse que um dos sinais mais seguros de que a Carolina do Sul foi feita para durar e chegará à disputa pelo título é a forma como os Gamecocks se recuperaram de um desempenho de 5-7 em 2023.

"Acho que, com um programa mediano, a situação só pioraria. Eles não conseguiriam lidar com a adversidade, e uma coisa que você precisa saber lidar na vida é a adversidade", disse Barrett. "Você precisa ser capaz de perseverar e reagir à adversidade, e foi isso que fizemos no ano passado."

"As pessoas falam sobre um teto. Não há teto. Quando as pessoas dizem coisas assim, nós simplesmente vamos lá e provamos que estão erradas."