As melhores colocadas do ranking feminino dos EUA conquistam uma confortável vitória por 3 a 0 sobre o Canadá em amistoso de futebol

Após nove jogos como técnica do Canadá, Casey Stoney teve um choque de realidade na quarta-feira, ao perder por 3 a 0 para um jovem time dos EUA.
Não foi uma visão agradável.
Os EUA tiveram 66% de posse de bola, superaram o Canadá por 22 a 7 (8 a 3 em chutes a gol) e tiveram uma vantagem de 6 a 0 nos escanteios. O Canadá liderou em faltas, 13 a 5.
Sam Coffey e Claire Hutton marcaram gols no primeiro tempo para os Estados Unidos, líderes do ranking, no amistoso internacional no Audi Field
Yazmeen Ryan marcou um gol de segurança aos 89 minutos, vencendo Kailen Sheridan na entrada da área, com os defensores canadenses recuando.
Depois de um retrospecto de 6-1-1 sob o comando de Stoney, os canadenses foram superados na quarta-feira.
"Tudo tem sido fácil demais. Acho que jogamos contra adversários de rankings bem mais baixos. E enfrentamos o número 1 do mundo e ficamos aquém", disse Stoney. "Então, sim, acho que é um choque de realidade. Acho que é um choque de realidade para todos."
"É um jogo, mas é uma oportunidade de recomeçar. E precisamos recomeçar rápido. Precisamos preparar os jogadores para que eles possam jogar no mais alto nível. E definitivamente não estávamos lá esta noite."
ASSISTA | Canadá dominado pelos EUA em amistoso feminino:
Stoney chamou o desempenho de sua equipe de "imperdoável" e disse que a preparação física de suas jogadoras não era boa o suficiente.
"Falta de comprometimento e vontade, o que não é típico deste time", disse ela. "Perder empates, perder meio a meio, não chegar perto da bola, não pressionar — não é bom o suficiente. Não vou me esconder disso."
Observando o calor da noite — estava 29°C, com sensação térmica de 32°C no início do jogo — Stoney reconheceu que as condições eram difíceis.
"Estava quente, eu entendo. Mas foi a mesma coisa para os dois times. E eles pareciam muito mais afiados do que nós", disse um Stoney visivelmente descontente, que terá que esperar até outubro pela próxima janela internacional.
Foi a quinta vitória consecutiva dos americanos, que já haviam derrotado Jamaica, China e Irlanda (duas vezes). Os EUA superaram os adversários por 25 a 5 em 10 jogos neste ano.
A vantagem poderia ter sido maior na quarta-feira. Os americanos movimentaram a bola com facilidade, enquanto o Canadá, oitavo colocado, teve dificuldades para manter o ritmo de jogo em uma noite quente no Audi Field.
Os canadenses, muitas vezes lentos, perderam a bola no primeiro tempo e foram pegos de surpresa muitas vezes na defesa enquanto os EUA atacavam.
As americanas saíram na frente aos 17 minutos, após uma cobrança de falta de Rose Lavelle que o Canadá não conseguiu afastar. A bola sobrou para Coffey, cujo chute rasteiro encontrou o canto com Sheridan presa no chão, marcando seu quarto gol pela seleção em sua 38ª partida.
Hutton fez 2 a 0 aos 36 minutos, após cobrança de escanteio de Lavelle, subindo sem ser desafiada e cabeceando para o gol, que passou por Sheridan, que mergulhava. Foi o primeiro gol da meio-campista de 19 anos do Kansas City Current em sua sexta partida pelo time principal.
Sem um grande torneio em vista este ano, ambos os técnicos têm avaliado a profundidade do elenco. Stoney utilizou 35 jogadores este ano.
Stoney fez sete mudanças no time titular que derrotou a Costa Rica, número 43, na sexta-feira em Toronto, com apenas Sheridan, a zagueira Ashley Lawrence e as meio-campistas Jessie Fleming e Julia Grosso mantendo suas posições.
Lawrence acaba de trocar de clube, deixando o Chelsea da Inglaterra para jogar no Lyon da França.
Os 11 titulares canadenses entraram em campo com um total de 813 jogos, contra 427 dos EUA. Oito dos titulares canadenses tinham mais de 50 jogos, contra apenas três dos EUA.
As mulheres americanas vinham de vitórias consecutivas de 4 a 0 sobre a Irlanda, 25ª colocada.
A técnica dos EUA, Emma Hayes, fez 10 mudanças na equipe que derrotou a Irlanda no domingo, basicamente voltando à mesma escalação inicial da primeira partida da Irlanda na quinta-feira passada. A atacante Lynn Biyendolo foi a única que permaneceu.
A vitória de domingo sobre a Irlanda foi a 600ª da equipe feminina americana, no 40º ano do programa feminino. Cinquenta e três dessas vitórias foram contra o Canadá.
O Canadá entrou na competição de quarta-feira com um recorde de 4-53-9 contra os EUA, em uma rivalidade que remonta a 1986, quando o programa feminino canadense foi criado. As canadenses não vencem em solo americano desde 11 de novembro de 2000.
Em seu encontro mais recente, em abril passado, na SheBelieves Cup, em Columbus, Ohio, as duas equipes empataram por 2 a 2, antes de os EUA vencerem por 5 a 4 nos pênaltis. As americanas também venceram nos pênaltis no jogo anterior, a semifinal da Copa Ouro da CONCACAF, em março de 2024.
A última vitória do Canadá sobre os EUA foi por 1 a 0 na semifinal das Olimpíadas de Tóquio, em agosto de 2021. Essa foi a primeira derrota dos americanos para os vizinhos do norte desde março de 2001, na fase de grupos da Algarve Cup.
Os EUA tiveram 63% de posse de bola no primeiro tempo e superaram o Canadá por 8 a 5 (6 a 2 em chutes a gol).
Stoney colocou Nichelle Prince, Shelina Zadorsky, Simi Awujo, Holly Ward, Marie Levasseur e Annabelle Chukwu do banco no segundo tempo.
A derrota anterior do Canadá sob o comando de Stoney foi por 1 a 0 em 8 de abril, contra a Argentina, número 32, em Langford, Colúmbia Britânica — "um jogo que nunca deveríamos perder", disse Stoney.
Hayes tem um histórico de 21-2-2 como técnica dos Estados Unidos desde sua estreia em junho de 2024, com derrotas por 2 a 1 no início deste ano para o Brasil, número 4, e o Japão, número 7.
O Canadá não contou com as lesionadas Kadeisha Buchanan, Sydney Collins, Cloe Lacasse, Jayde Riviere, Olivia Smith e Lysianne Proulx.
cbc.ca