Sobral de Monte Agraço com estradas nacionais condicionadas

O presidente da Câmara do Sobral de Monte Agraço alertou esta terça-feira que todas as estradas nacionais de acesso ao concelho estão condicionadas, adiantando que já pediu soluções para o problema ao ministro das Infraestruturas e Habitação.
“Neste momento todas as estradas nacionais que servem o concelho estão com problemas graves decorrentes da tempestade Martinho [no final de março]”, disse o presidente da autarquia, José Alberto Quintino, à agência Lusa.
Segundo o autarca, foi já pedida ao ministro Miguel Pinto Luz, em reunião recente, “uma solução célere para resolver os condicionamentos existentes para se chegar rápido ao concelho”.
O presidente da câmara detalhou que as estradas nacionais (EN) 115, junto ao Forte do Alqueidão, e 248-2, na localidade de Pé do Monte, se encontram com “meia faixa de rodagem abatida em muito mau estado” desde a tempestade Martinho, altura em que ficou com essa faixa condicionada e o trânsito a circular de modo alternado.
Também devido ao mau tempo de final de março, a EN 248 abateu e ficou, desde então, condicionada junto a Arruda dos Vinhos e interdita em ambos os sentidos na zona de Dois Portos — concelho de Torres Vedras —, obrigando neste último caso a população a “demorar o dobro do tempo e a deslocar-se por vias alternativas”.
Já a EN374 se encontra com “abatimentos graves” na zona da Sapataria, que condicionam uma faixa de rodagem, estando o trânsito a circular de forma alternada. Também a variante rodoviária criada nos Casais de S. Martinho após a supressão da passagem de nível da Linha ferroviária do Oeste “caiu com o mau tempo e não foi reposta”, dividindo a aldeia.
O autarca sublinhou junto de Miguel Pinto Luz a necessidade de a Infraestruturas de Portugal adotar “medidas urgentes e provisórias, enquanto não se concretizam as empreitadas definitivas”.
O autarca mostrou-se preocupado com a ausência de intervenções, mesmo provisórias, nas principais vias de acesso ao concelho, que se encontram sem qualquer obra de manutenção ou requalificação há cerca de três meses.
“Tínhamos estradas municipais que ficaram com problemas desde o mau tempo e já os resolvemos temporariamente”, exemplificou José Alberto Quintino. Segundo o município do distrito de Lisboa, a falta de intervenção tem causado “impactos significativos” na mobilidade da população, na atividade das empresas e no desenvolvimento económico local.
Em maio, a IP anunciou que iniciou as obras de estabilização da EN248 em Torres Vedras.
A intervenção, com um prazo de execução de 240 dias e um custo superior a 920 mil euros, incide sobre um lanço com 150 metros e consiste na demolição do muro existente, construção de dois muros de betão armado e demolição e reconstrução de duas passagens hidráulicas.
Além das soluções de estabilização da plataforma rodoviária e de reconstrução de passagens hidráulicas, estão também previstos trabalhos de limpeza, desmatações, reposição de pavimento e de colocação de equipamentos de sinalização e segurança da via.
Segundo a IP, a empreitada “vai garantir a reposição das condições de circulação na EN248 com os níveis adequados de segurança rodoviária e conforto ao serviço da mobilidade”.
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