Conte busca mais gols pelo Napoli: Hojlund já está tentado em Florença.

Revitalizado por um gol fácil, mas que lhe deu moral, Ramsus Hojlund está de volta. De fato, ontem ele cruzou os portões do Castel Volturno pela primeira vez para se colocar à disposição de Antonio Conte e realmente começar sua nova aventura napolitana. Ele já havia feito contato com a cidade nos últimos dias da janela de transferências. O entusiasmo do Napoli o conquistou imediatamente, mas as eliminatórias da Copa do Mundo o aguardavam. Agora, porém, Hojlund só consegue pensar no Napoli, no Scudetto que carrega no peito e naquela Liga dos Campeões que o viu dominar duas temporadas atrás, em sua estreia no Manchester United: 5 gols em seis partidas, 489 minutos de tempo total de jogo. E aquela sensação de estar na presença de um centroavante com potencial sensacional. E é por isso que o Napoli apostou nele sem hesitar, apesar de um acordo total de € 50 milhões. Mas depois da lesão de Lukaku, um centroavante capaz de fazer a diferença era necessário, tanto na Itália quanto na Europa.
Rasmus está recomeçando em Nápoles, tentando seguir o exemplo do amigo que o precedeu na trajetória. Scott McTominay causou impacto imediato, primeiro reformulando a estrutura tática da equipe para garantir sua vaga de titular, depois com gols e atuações: foi eleito MVP da Série A e o segundo maior artilheiro da Itália com 12 gols. Conte, por outro lado, espera que Hojlund forneça os gols e o envolvimento ofensivo que Romelu Lukaku proporcionou à Azzurra. Rasmus tem características diferentes, talvez mais semelhantes às do primeiro Lukaku, aquele que levou a Inter ao Scudetto após uma espera de onze anos. O dinamarquês ataca bem em profundidade, tem pernas rápidas e cheias de resistência. Apesar de sua altura (191 centímetros), ele pode correr em campo e se manter bem em longas distâncias. E agora Conte está estudando como encaixá-lo no novo sistema napolitano: a tentação de lhe dar uma chance já em Florença é forte. Sua estreia certamente acontecerá, mas Rasmus gostaria de vivenciar a emoção de sua estreia como titular imediatamente. Ele deixou Manchester após ficar afastado: escolheu o Napoli para recuperar seu senso de importância, mas também pela ambição do clube e pela paixão pela cidade. E este novo desafio o empolga.
Conte busca novos gols, e não apenas para compensar a ausência de Lukaku. No ano passado, a falta de ataque do Napoli foi um problema para ele em diversas ocasiões. E o técnico tem enfatizado constantemente a falta de determinação na hora de marcar. Hojlund não é um atirador de elite, mas tem uma boa sensibilidade para o gol. Ele precisará aprender a jogar o mesmo tipo de jogo de passes que Romelu, algo ao qual Lucca, que não conseguiu marcar gols em seus dois primeiros jogos da temporada, também está tentando se adaptar. Lorenzo teve suas chances tanto em Reggio Emilia quanto contra o Cagliari, mas não teve impacto no resultado. Mas a agenda lotada logo lhe proporcionará mais oportunidades. Ele terá que capitalizá-las, no entanto, porque a chegada de Hojlund corre o risco de cortar suas alas. Dois atacantes com características diferentes, mas a mesma missão: levar o Napoli ao topo.
Conte tem a capacidade de mudar jogadores e sistemas de acordo com a situação. E o mercado de transferências o presenteou com outros jogadores com gols na galeria de troféus. Como Noa Lang (11 gols e 10 assistências na última Eredivisie, além de dois gols e duas assistências na Liga dos Campeões) e Elmas, que retornou ao Napoli para trazer mais imprevisibilidade ao meio-campo azzurri. O Napoli também espera que Politano e Neres sejam muito ativos na frente do gol, com gols individuais e passes decisivos. O brasileiro teve falhas na frente do gol no ano passado. Mas, enquanto isso, o foco está nos centroavantes: Hojlund e Lucca, a escolha do Napoli. Sua abundância no ataque será um novo trunfo.
La Gazzetta dello Sport