Treze pessoas foram presas pelo assassinato do secretário pessoal e assessor de Clara Brugada.

CIDADE DO MÉXICO (apro).- A chefe do governo da Cidade do México, Clara Brugada, informou que em uma operação realizada na madrugada desta quarta-feira, 20 de agosto, 13 pessoas foram presas em conexão com o ataque à sua secretária pessoal e assessora do governo da capital.
Treze pessoas foram presas, incluindo três diretamente implicadas no assassinato. "Quero destacar a coordenação entre o governo da Cidade do México e o governo mexicano", disse Clara Brugada sobre o assassinato de seus dois colaboradores, Ximena Guzmán e José Muñoz.
Três meses após o duplo homicídio cometido em 20 de maio, a líder da Cidade do México concedeu uma entrevista coletiva de última hora, na qual especificou que a prisão foi possível graças à coordenação entre o governo da Cidade do México e o governo federal, com a participação da Secretaria de Segurança Cidadã (SSC), da Secretaria de Segurança e Proteção ao Cidadão (SSPC), da Procuradoria-Geral da Cidade do México (FGJCDMX), da Procuradoria-Geral da República (FGR), além de forças armadas como a Secretaria de Defesa Nacional (Sedena) e a Marinha.

Brugada agradeceu especialmente à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum: "Seu apoio foi fundamental para fortalecer este trabalho conjunto. A colaboração entre os diferentes níveis de governo demonstra que estamos progredindo mais, com mais força e eficácia, na luta contra a impunidade."
Sem fornecer mais detalhes, o membro do Morena se recusou a responder perguntas e afirmou que às 17h do dia 20 de agosto, a promotora local Bertha Alcalde dará uma entrevista coletiva para fornecer detalhes da prisão, acompanhada pelo chefe do SSPC, Omar García Harfuch, e pelo chefe da polícia da capital, Pablo Vázquez.
Então, Brugada acrescentou:
Em memória de Ximena e José e por respeito às suas famílias, amigos e colegas, este governo não descansará até que a verdade seja conhecida.”
Na manhã de 20 de maio, Ximena Guzmán parou no acostamento da rua Tlalpan, no bairro Moderna, para buscar José Muñoz. Ela não sabia, mas o homem que mais tarde tiraria a vida dela e de sua colega de trabalho estava parado em frente ao seu carro.
O assassino demonstrou alto grau de preparação, esperando pacientemente que Muñoz se aproximasse e embarcasse, então sacou com confiança uma nove milímetros, mirou e, em plena luz do dia, descarregou 12 balas através de um silenciador no para-brisa do carro. Oito atingiram o corpo de Ximena e quatro o de José.
Ela era secretária pessoal de Clara Brugada desde setembro de 2023, responsável por sua agenda diária e pela coordenação de seus compromissos; enquanto ele, um conselheiro de confiança, analisava informações importantes e redigia seus discursos, tarefas de alta responsabilidade.
Um dia após os assassinatos, Bertha Alcalde e Pablo Vázquez revelaram que pelo menos quatro pessoas participaram do assassinato, que houve vigilância prévia e que foi "um ataque direto, com alto grau de planejamento e envolvendo um investimento de recursos consideráveis".
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