Lozoya busca remover dois juízes da Suprema Corte do caso contra Lourdes Mendoza.

CIDADE DO MÉXICO (apro).- O ex-diretor da Petróleos Mexicanos (Pemex), Emilio Lozoya Austin, busca afastar dois juízes da Suprema Corte da discussão sobre a liminar pendente contra a ordem de indenização por danos morais à jornalista Lourdes Mendoza.
Segundo os juízes do Tribunal, Lozoya impôs o impedimento número 43/2025 contra os Ministros Margarita Ríos Farjat e Alfredo Gutiérrez Ortiz Mena para impedi-los de votar sobre o assunto.
O recurso foi encaminhado à juíza Yasmín Esquivel Mossa, membro da Segunda Câmara, para revisão e elaboração de um projeto de resolução.
Ortiz Mena é o ministro relator do recurso de Lozoya perante a Suprema Corte. O caso estava previsto para discussão na sessão de ontem da Primeira Câmara; no entanto, a votação do caso foi adiada.
Fontes judiciais confirmaram que o projeto de lei propõe manter a sentença que condenou o ex-funcionário a indenizar Lourdes Mendoza pelos danos morais decorrentes da declaração que prestou à Procuradoria-Geral da República (FGR), na qual afirmou que a jornalista recebeu uma bolsa de luxo de Luis Videgaray, ex-secretário de Relações Exteriores, e que o governo federal pagou a mensalidade da filha em troca de ela escrever em apoio ao governo de Enrique Peña Nieto.
Em seu apelo, Lozoya afirmou que o ministro Ríos Farjat mantém uma "amizade" com Lourdes Mendoza.
"Solicita-se a abstenção de participar da discussão e votação do presente assunto em razão da existência de causa objetiva de impedimento que compromete sua imparcialidade e afeta a garantia de um juiz independente e imparcial da Ministra Ana Margarita Ríos Farjat, tendo em vista que entre a referida Ministra e a Ministra María de Lourdes Mendoza Peñaloza, parte no presente assunto, se evidencia uma estreita relação pessoal de comunicação direta, confiança e colaboração", afirma o trecho publicado pela Corte.
No caso de Gutiérrez Ortiz Mena, o denunciante alegou que o ministro é amigo do ex-candidato presidencial do PRI, José Antonio Meade, a quem Lozoya acusou o Procurador-Geral de intervir e conceder condições especiais na venda de etano quando era Secretário de Energia para favorecer a Braskem, subsidiária da Odebrecht.
proceso