Javier Guillén, diretor da Vuelta a España, explica por que a equipe israelense não foi expulsa: "Haveria consequências legais".

A Vuelta a España teve que ser suspensa em sua etapa final em Madri devido a protestos pró-palestinos. Isso ocorre após uma competição marcada por tensão e inúmeros incidentes devido à presença da equipe Israel-Premier Tech na competição. O diretor da Vuelta, Javier Guillén, explicou por que essa equipe não pôde ser expulsa e, talvez, pôr fim aos protestos.
Guillén falou no programa El Partidazo, da COPE, sobre a participação da equipe israelense em eventos futuros: "Temos que reunir todas as informações. Aqui, são as organizações internacionais e, depois, a UCI que devem tomar a decisão. Não era nossa responsabilidade; não poderíamos expulsá-lo porque haveria ação judicial por ter ido contra o funcionamento das organizações internacionais. Cabe à UCI decidir quem correrá."
Da mesma forma, o chefe da La Vuelta comentou sobre a declaração da UCI contra o governo espanhol: "Fiquei surpreso porque não falamos com a UCI, não tivemos nenhum contato. Tivemos contato em toda a La Vuelta por causa do que o Team Israel gerou, e quando eles disseram que tinham que continuar e que não os expulsariam porque não havia base legal, no final tentamos chegar a Madri. O início do Tour em Barcelona não pode ser perdido."
No entanto, Guillén não comentou as palavras do primeiro-ministro Pedro Sánchez: "Tomei nota das declarações que ele fez. O governo sempre disse que é a favor das manifestações."
"A Vuelta do ano que vem está quase definida. Não recebi nenhuma ligação e espero que não haja. É preciso saber o que as pessoas pensam para avaliar o que estamos fazendo", disse ele, referindo-se ao que acontecerá com a Vuelta da próxima temporada.
20minutos