Alberto Gamero reencontra o Millonarios, agora como técnico do Deportivo Cali, em um duelo de alta tensão.

Quando Alberto Gamero pisar em El Campín nesta sexta-feira (19h30), certamente se sentirá em casa, um lar para o qual está retornando. Haverá nostalgia, e não é de se admirar. Em Bogotá, ele viveu bons e maus momentos como técnico do Millonarios, deixando para trás amigos e adversários, pessoas que sentem sua falta e aquelas que não o amavam mais. Agora, ele retorna como técnico do Deportivo Cali para enfrentar um Millonarios em crise e forçado a vencer Gamero.
A última coisa que os Millonarios querem é um algoz como Gamero, o técnico que lhes deu um título da LaLiga, uma Copa e um título da Superliga, e que liderou um longo processo focado na promoção de jovens jogadores. Os Blues, treinados por David González, teriam gostado desse reencontro em circunstâncias diferentes, com uma equipe já bem azeitada e no caminho certo, não como este time dos Blues, que está na parte de baixo da tabela, sem vitórias, sem pontos e sem gols em três partidas.

Alberto Gamero Foto: Efe
Gamero retorna de cabeça erguida. "Não sei que sentimento terei, nem como as pessoas me receberão no El Campín, se será bom ou ruim, mas vou com a tranquilidade do que fiz no Millonarios. Estou muito tranquilo. Espero que, felizmente para mim, eu seja bem recebido", disse Gamero em entrevista coletiva.

Alberto Gamero Foto: Sergio Acero Yate. O TIEMPO
Para o técnico do Santa Marta, esta ainda é uma partida especial, mesmo com o Millonarios em péssimas condições e seu time de Cali vindo de uma dolorosa derrota por 3 a 0 em Palmaseca para o Llaneros. Esse contexto torna a partida bastante carregada, tanto em campo quanto nas arquibancadas. "Assim como algumas coisas ficaram por fazer, muitas boas também ficaram, e entro com a mentalidade de que quero fazer uma boa partida contra o Cali e conquistar os três pontos, não porque eu seja o Millonarios, mas porque essa é a mentalidade que terei com qualquer time que me enfrente", concluiu o técnico.

Milionários e Alberto Gamero Foto: EL TIEMPO e Dimayor
Em Bogotá, Gamero viveu alegrias e tristezas, momentos de paz e estresse. Desde sua chegada em 2020, plantou sementes para que novos jogadores surgissem das categorias de base, mas a torcida ainda não o perdoou por ter vencido tão pouco. Em 2024, sua despedida foi anunciada, e grande parte da torcida já exigia sua saída. O treinador saiu e tirou um tempo de folga antes de ingressar neste semestre no Deportivo Cali, um clube que tenta sair da crise esportiva e administrativa. Gamero sabe o que isso implica, a pressão de comandar um grande clube, porque foi treinado em Bogotá.
David González, contra as cordas 
Millonarios vs. DIM Foto: Valentina Clavijo
Quando ele saiu, David González chegou como seu substituto, tendo liderado o time até os quadrangulares no semestre passado, mas a eliminação para o Santa Fe e a conquista do campeonato pelos Cardinals foram um golpe duro para a torcida. Hoje, González não tem muito crédito; a torcida já está ficando impaciente porque o time não está ganhando força, não está jogando bem e os reforços que chegaram até agora não estão fazendo muita diferença.
Então o duelo de hoje será de alta tensão, com dois técnicos carentes e um Gamero determinado a ser o carrasco de um time dos Millonarios que não aguenta mais uma derrota.
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